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Justiça condena mulher a mais de 85 anos de prisão por roubar, matar e queimar a família no ABC

Postado em 27 de Agosto de 2024


Anaflávia Gonçalves foi a julgamento nesta terça (27) em Santo André pelos assassinatos dos pais e irmão em 2020.

Ré está presa.

Outros quatro acusados já tinham sido julgados, condenados e presos anteriormente.

Após 3 anos, Justiça de SP condena Anaflávia Gonçalves e 2 cúmplices por assassinar a família dela e queimar os corpos JN A Justiça condenou nesta terça-feira (27) a 85 anos, 5 meses e 23 dias de prisão a mulher acusada de roubar, matar e queimar três pessoas da própria família no ABC Paulista.

O caso ocorreu em 27 de janeiro de 2020.

Mais quatro pessoas que participaram com ela dos crimes já haviam sido julgadas, condenadas e presas anteriormente (saiba mais abaixo). Dessa vez Anaflávia Martins Gonçalves foi a júri pelos assassinatos dos empresários Romuyuki Veras Gonçalves, de 43 anos, e Flaviana de Meneses Gonçalves, de 40, pais dela, e do estudante Juan Victor Gonçalves, de 15, seu irmão. Ela foi julgada no Fórum de Santo André, Grande São Paulo.

A maioria dos sete jurados homens votou por sua condenação por entender que a mulher foi culpada pelos assassinatos dos pais e do irmão.

A sentença com o tempo da pena foi dada pelo juiz Lucas Tambor Bueno.

Anaflávia já respondia presa ao processo. O julgamento teve quatro testemunhas ouvidas.

Depois ocorreu o interrogatório da ré, no qual Anaflávia confirmou ter participado do roubo, mas não dos assassinatos.

Júri anterior foi anulado Anaflávia foi a júri novamente pelos crimes após o julgamento anterior dela, em junho de 2023, ter sido anulado por decisão do Tribunal de Justiça (TJ) a pedido do Ministério Público (MP).

O motivo: à época, ela havia sido condenada somente por duas das três mortes.

Naquela ocasião, Anaflávia havia recebido pena de 61 anos, 5 meses e 23 dias de reclusão, em regime inicial fechado, pelos homicídios dos pais.

No entendimento da Promotoria, os jurados se equivocaram ao culpá-la somente pelos assassinatos de Romuyuki e Flaviana.

E a inocentarem pelo assassinato de Juan.

O adolescente também era filho do casal. A decisão dos jurados revoltou até a avó materna da jovem, que esperava que a neta recebesse uma condenação maior.

Desembargadores do TJ concordaram com o pedido do MP, anularam o júri, e determinaram que a ré seja julgada novamente.

5 condenados Anaflávia Gonçalves, Carina Ramos de Abreu, Juliano e Jonathan Ramos e Guilherme Silva, acusados de matar família no ABC Reprodução/Redes sociais e arquivo pessoal O Ministério Público acusava Anaflávia de planejar os crimes com Carina Ramos de Abreu (sua namorada); os irmãos Juliano Oliveira Ramos Júnior e Jonathan Fagundes Ramos (primos de Carina); e Guilherme Ramos da Silva (amigo dos irmãos Ramos). O principal objetivo do grupo, de acordo com o MP, era o de roubar dinheiro das vítimas.

Mas depois, acabou decidindo matá-las.

Todos foram acusados e condenados por roubo, homicídio doloso qualificado (por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou as defesas das vítimas), ocultação de cadáver e associação criminosa. Segundo a acusação feita pela promotora Manuela Schreiber Silva e Sousa, três homens armados (Juliano, Jonathan e Guilherme) entraram no imóvel com a ajuda de Anaflávia e Carina.

Vídeos de câmeras de segurança gravaram o grupo na residência onde as três vítimas moravam, um condomínio fechado de casas em Santo André.

Pelas investigações, os cinco queriam roubar R$ 85 mil que estariam num cofre, mas, como não encontraram o dinheiro, decidiram levar pertences de Romuyuki, Flaviana e Juan Victor e matá-los.

Eles foram assassinados com golpes na cabeça durante o assalto na casa.

No dia seguinte, os corpos das vítimas foram encontrados carbonizados dentro do carro da família, numa área de mata em São Bernardo do Campo, município vizinho a Santo André. O g1 não conseguiu localizar a defesa de Anaflávia para comentar o assunto até a última atualização desta reportagem. Namorada e amigo condenados Justiça marca para esta segunda júri de 5 acusados de roubar, matar e queimar família no ABC em 2020 Carina e Guilherme foram condenados no mesmo julgamento de Anaflávia, em junho de 2023. À época, Carina foi punida com 74 anos, 7 meses e 10 dias de reclusão, também em regime fechado.

Guilherme foi condenado a 56 anos, 2 meses e 20 dias no fechado. Quando também foi ouvida pela Justiça, Carina negou ter participado dos assassinatos das vítimas.

Disse que o envolvimento dela e de Anaflávia tinha sido somente no roubo.

E chegou a acusar os irmãos Juliano e Jonathan de matar a família e explodir o veículo em que as vítimas estavam. Guilherme, vizinho dos irmãos Ramos, acusou Juliano de querer assassinar o casal e o filho.

Ele também alegou que participou diretamente do roubo, mas não dos assassinatos. Irmãos condenados Testemunha diz que viu homem dentro de casa onde morava família que morreu no ABC Em agosto, Juliano e Jonathan também foram a júri popular.

Eles confessaram participação no roubo, mas disseram que a ideia de matar a família tinha sido de Anaflávia.

Ambos foram condenados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, roubo e associação criminosa.

Juliano recebeu pena de 65 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão em regime inicial fechado.

Jonathan foi punido com 56 anos, 2 meses e 20 dias de reclusão em regime fechado.

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