Fumaça das queimadas no sul do Amazonas foi trazida para a capital por uma massa de ar frio do sudoeste do país Visibilidade dos prédios em Manaus ficou ruim
Lucas Macedo/g1 Amazonas
Manaus segue encoberta por fumaça dos incêndios florestais nesta quarta-feira (28).
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema), uma massa de ar do Sudoeste do país trouxe a fumaça das queimadas que atingem o sul do Amazonas. Participe do canal do g1 AM no WhatsApp É a segunda vez que a onda de fumaça atinge a capital amazonense só neste mês que teve registros do fenômeno também na segunda semana deste mês.
Nesta manhã a qualidade do ar em Manaus é considerada “muito ruim” de acordo com o monitoramento do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva).
Para ser considerado de boa qualidade, o ar precisa medir entre 0 e 25 ?m/m³ (micrómetro por metro cúbico de AR).
Em Manaus, segundo o sistema de vigilância, a área mais afetada é o bairro Morro da Liberdade, que registrou os níveis de poluição em 113.6 µg/m³. Conforme o Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam), a massa de ar frio deve perder influência no estado ainda hoje, ajudando a dispersar a fumaça que vem encobrindo a capital do Amazonas.
O que vai significar também o aumento da temperatura em todo o Amazonas. Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira, moradores da capital relataram perceber os primeiros indícios da presença da fumaça em diferentes zonas da cidade. Manaus amanheceu com ventos frios mas ainda encoberta pela fumaça Matheus Castros/ g1 Amazonas Possibilidade de enxurrada Nesta quarta-feira, a Defesa Civil do Amazonas emitiu um alerta sobre possíveis ocorrências de enxurradas com alagamento nas regiões com altas elevações em Manaus.
A preocupação é devida a capacidade de escoamento de sistemas de drenagem urbana e consequente acúmulo de água em ruas, calçadas ou outras infraestruturas urbanas. Leia também Fumaça de queimadas no sul do AM foi transportada para Manaus por massa de ar que veio do sudoeste do país, diz Sema Saiba como cuidar da saúde durante período de fumaça Crise Ambiental O Amazonas vive um cenário ambiental crítico devido à combinação de seca dos rios e queimadas.
Segundo dados divulgados pelo governo estadual em agosto, a seca já afeta quase 290 mil pessoas.
Cidades têm dificuldades de receber insumos, há aumento no preço de produtos e comunidades indígenas e ribeirinhas podem ficar isoladas. Neste ano, segundo previsões do governo estadual, o Amazonas pode enfrentar uma seca intensa semelhante ou até pior do que a de 2023, a mais severa registrada na história do estado.
Atualmente, 20 dos 62 municípios estão em situação de emergência. Além disso, as queimadas têm registrado recordes no estado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
Nesta terça-feira (27), foram registrados 13.135 focos de incêndio, superando os dados de agosto de 2023. Combate às queimadas O Corpo de Bombeiros informou que está atuando desde junho no sul do Estado, por meio da Operação Aceiro.
Na manhã desta segunda-feira (27) mais 200 militares foram enviados para se juntar a força tarefa de combate aos incêndios Além disso, o governo do estado informou que o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) também têm trabalhado no combate às queimadas na região.