Homem confessou à polícia ter recebido R$ 300 para cometer o crime.
Suposta motivação política é investigada pela Polícia Civil.
Homem preso suspeito de incêndio criminoso na região oeste de Goiás Divulgação/PM-GO O homem que foi preso após confessar ter colocado fogo em uma fazenda de Bom Jardim de Goiás, no oeste do estado, foi solto ao alegar sofrer de esquizofrenia.
De acordo com o delegado Fábio Marques, que é responsável pelo caso, o suspeito, que confessou ter recebido R$ 300 para cometer o crime, foi colocado em liberdade provisória.
"Ele foi colocado em liberdade provisória por apresentar uma circunstância de esquizofrenia.
Por essa razão, nós vamos representar pelo incidente de insanidade mental, para confirmar se de fato ele padece dessa situação", afirmou o delegado.
Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp O homem foi preso no último sábado (24).
Segundo a Polícia Civil, o suspeito já possui outras infrações relacionadas a incêndios nos municípios de Piranhas e Caiapônia.
O g1 não conseguiu contato com a defesa do homem até a última atualização desta reportagem.
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Anterior à soltura, ele foi encaminhado ao presídio de Aragarças.
Investigação De acordo com o delegado, uma perícia foi solicitada para dimensionar o tamanho do estrago causado à fazenda.
A informação de que animais teriam sido queimados vivos, relatada pelo proprietário, também será investigada.
Em depoimento à polícia, o homem disse que agiu a mando de outra pessoa, que lhe pagou cerca de R$ 300 pelo serviço.
Ao ser questionado sobre a motivação do crime, o suspeito respondeu que questões políticas levaram o mandante do crime, que já foi identificado, a ordenar o incêndio proposital.
O mandante foi identificado pela Polícia Civil como um pedreiro da região, mas que não possui ligações políticas.
Fábio Marques afirmou que a versão apresentada pelo suspeito será confrontada com outros elementos.
"É preciso deixar claro que a versão apresentada por ele, de motivação política, deve ser confrontada com outros elementos.
Nós estamos ainda verificando se de fato existe essa circunstância.
Nesse momento da investigação não é possível afirmar que de fato ela tenha acontecido", disse o delegado.
Consequências do incêndio De acordo com o fazendeiro Jean Kleiton, por conta do incêndio, os produtores da região ficaram sem energia elétrica. “A região toda está sendo penalizada, porque todos rurais com leite em resfriadores já perderam a produção”, disse. Jean Kleiton, um dos fazendeiros, contou ao g1 que 50 produtores rurais fizeram uma força-tarefa para tentar combater o incêndio, tendo sido alugados dois aviões para jogar água e mais de 20 caminhões. “Estão todos os produtores abraçando a causa, mesmo aqueles que não foram atingidos estão ajudando, porque se não ajudar pode ir até eles.
Eles estão ajudando, colaborando com equipes e caminhões”, afirmou. O Corpo de Bombeiros também enviou equipes ao local.
Além de ajudar no combate ao fogo, os militares também ficaram responsáveis por realizarem varreduras para verificar a existência de novos focos de incêndio nas proximidades. De acordo com a Polícia Militar, ao todo, 700 hectares de fazendas foram atingidos.
Além de Caiapônia, também foram afetadas fazendas localizadas nas cidades de Piranhas, Bom Jardim de Goiás e outras. O fogo só foi totalmente controlado no final do dia 25, domingo. Veja outras notícias da região no g1 Goiás. VÍDEOS: últimas notícias de Goiás