Iniciativa é parte da Mobilização Nacional de Identificação e Busca de Pessoas Desaparecidas, do governo federal.
Primeira etapa da campanha ocorrerá até a próxima sexta-feira (30). Jamile Ferraris/MJSP O Governo Federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública realiza a primeira fase da Mobilização Nacional de Identificação e Busca de Pessoas Desaparecidas.
Na Baixada Santista, a ação ocorre no Instituto Médico Legal (IML) de Santos, no litoral de São Paulo.
No local, as equipes realizam a coleta de DNA de pessoas que têm o desejo de identificar o paradeiro de familiares desaparecidos. Clique aqui para seguir o canal do g1 Santos no WhatsApp. A campanha, que acontecerá em três etapas e usará técnicas de identificação genética e papiloscópicas, começou na segunda-feira (26).
Na primeira fase, serão coletadas amostras de DNA de familiares de desaparecidos por meio da saliva.
Posteriormente, será realizada uma pesquisa de impressões digitais de corpos não identificados armazenados.
Nessa etapa, conhecida como análise do passivo, os dados serão comparados com os registros existentes nos bancos de biometrias.
Como funciona? As amostras genéticas com identidades desconhecidas são analisadas pelos laboratórios da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG) e enviadas ao Banco Nacional de Perfis Genéticos, onde serão feitos os cruzamentos de dados.
A identificação genética desempenha papel crucial na Política Nacional de Busca de Pessoas Desaparecidas, instituída pela Lei nº 13.812/2019.
Segundo nota publicada pelo governo federal, a legislação atual assegura que as amostras fornecidas voluntariamente serão usadas exclusivamente na identificação dos entes desaparecidos e não para outro propósito.
A campanha ocorre em alusão ao Dia Internacional da Pessoa Desaparecida, celebrado em 30 de agosto.
Como participar? Para participar, é necessário que o familiar apresente o boletim de ocorrência (BO) de desaparecimento.
A coleta de exames ocorrerá das 8h às 18h.
O IML de Santos fica na Rua Bernardo Browne 122, no bairro Estuário.
Cenário Entre janeiro e agosto de 2024, 45.670 pessoas desapareceram no Brasil, sendo 29.498 do sexo masculino e 15.833 do feminino.
Entre os casos, 12.148 tinham até 17 anos e 32.415 mais de 18 anos.
Em relação às pessoas localizadas, o número total foi de 30.016, com 10.736 do sexo feminino e 17.931, do masculino.
7.654 pessoas de até 17 anos e 20.887 de até 18 anos.
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