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Com pagamentos atrasados, fornecedores teriam emprestado máquinas de cartão para empresa suspeita de golpe no Paraná, diz delegado

Postado em 21 de Agosto de 2024


Delegado afirma ainda que não há indícios de que os fornecedores tinham a intenção de aplicar golpes.

g1 tenta contato com a defesa da empresa.

450 B.O.s foram registrados contra empresa de eventos A Polícia Civil do Paraná (PCPR) identificou que fornecedores da agência de eventos Filia, de Maringá, no norte do Paraná, estavam com os pagamentos atrasados e, para tentar receber, teriam emprestado máquinas de cartão para a empresa.

Relembre o caso abaixo. A informação foi confirmada pelo delegado do caso, Fernando Garbelini, nesta terça-feira (20).

Ele afirmou também que ainda não há indícios de que os fornecedores tinham a intenção de aplicar golpes.

Siga o canal do g1 PR no WhatsApp Siga o canal do g1 PR no Telegram O g1 tenta contato com a defesa da empresa Filia, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem. "Apesar de [os responsáveis pela agência] terem usado essas máquinas, eles tinham dívidas bastante grandes com essas pessoas.

Então acho que, em um ato de desespero, eles [os fornecedores] devem ter emprestado essas máquinas para receber mesmo que parcialmente esses valores", explica o delegado. Uma noiva, que prefere não se identificar, foi uma das clientes da agência que efetuou o pagamento do contrato em uma dessas máquinas de cartão emprestadas. Ela conta que entrou em contato com o proprietário do aparelho, mas ele teria se negado a efetuar o estorno do valor. "Ele admite ter recebido, no meu cado, um valor de quase R$ 5,5 mil no CNPJ dele, como consta no boletim de ocorrência.

Mas ele diz que não vai fazer o estorno ou pedir o cancelamento das parcelas por que a Filia devia para ele", relata. Leia também: Luto: Morre Margarita Sansone, primeira-dama de Curitiba Esperança Nova: Professor é assassinado com 15 tiros enquanto dava aula para idosos Arapoti: Mulher é estuprada e morta após ser arrastada para terreno baldio, diz polícia De acordo com o advogado Diego Canever, especialista em Direito Civil, os noivos não podem ser responsabilizados pelos valores devidos pela agência. "O fornecedor não pode reter uma dívida que não seria dele.

Ou ele presta o serviço, ou ele estorna o dinheiro", diz. Relembre o caso A empresa Filia, de Maringá, é suspeita de cancelar e não entregar os eventos para quais foi contratada.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar e o número de boletins de ocorrência registrados contra a empresa chegava a 450. No início deste mês, empresa informou em postagem nas redes sociais que se mudou da cidade após sofrer ameaças.

Imagens de câmeras de segurança mostram funcionários deixando o escritório da empresa levando móveis e documentos. Um grupo de 45 estudantes universitários que contratou a agência para realizar a festa de formatura afirma ter sofrido um prejuízo de cerca de R$ 200 mil.

Casais foram até a Delegacia de Estelionatos em Maringá registrar boletim de ocorrência contra a empresa RPC Maringá Já o casal Natalia Fransozio, de 26 anos, e o engenheiro civil Eduardo Camarini, 26 anos, também contratou a empresa para realizar o casamento neste ano.

Agora, eles afirmam não saber se terá comemoração. Outro casal, descobriu na noite anterior que a empresa não entregaria a festa de casamento, contratada por R$ 22,5 mil.

O valor tinha sido pago à vista. Na semana passada, o advogado Sebastião da Costa Guimarães, responsável pela defesa de Simone da Luz Barbosa, dona da agência de eventos Filia, informou que a cliente quebrou e que os clientes deveriam procurar a Justiça para receber os valores pagos. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais em g1 Norte e Noroeste.

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