Político se envolveu em uma batida de carro onde um dos motoristas ficou em estado grave e passou por 15 cirurgias.
Julgamento acontece em Blumenau.
Carro da vítima ficou destruído Patrick Rodrigues/NSC, Arquivo Começou na manhã desta quarta-feira (28) o júri popular contra o ex-deputado federal João Pizzolatti em Blumenau, maior cidade do Vale do Itajaí.
O político se envolveu em uma batida de carro em 2017 onde atingiu dois veículos.
Um dos motoristas ficou em estado grave e passou por 15 cirurgias.
Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), o político foi denunciado por duas tentativas de homicídio.
No julgamento desta quarta, ele também responde por embriaguez ao volante.
Para defesa, no entanto, Pizzolatti cometeu crime de trânsito, e não contra a vida, o que geraria uma pena mais branda (leia no fim do texto).
Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp A colisão aconteceu na SC-421 em Blumenau.
Conforme o MPSC, depois da ingestão de bebida alcoólica, o ex-deputado conduziu o veículo dele e percorreu a rodovia em zigue-zague e alta velocidade até invadir a contramão e atingir os carros com as vítimas.
Com o impacto, o carro onde uma das vítimas estava capotou e pegou fogo.
Preso às ferragens, o motorista foi salvo com ferimentos graves e queimaduras de 1º e 3º graus na barriga, mão e pernas.
Prisão em 2019 Pizzolatti teve a prisão decretada por ter descumprido uma medida cautelar ao ser flagrado dirigindo mesmo com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) suspensa em 2019.
Ele estava em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos em São José, na Grande Florianópolis.
Cinco meses depois, foi solto por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Medidas cautelares foram determinadas, como apresentação à Justiça a cada dois meses, proibição de mudança de domicílio sem prévia autorização judicial e internação em clínica de tratamento psiquiátrico e alcoólico. João Pizzolatti foi preso em clínica de reabilitação em São José, SC, em 2019 Paulo Mueller/NSC TV Recursos da defesa Desde 2017 a defesa do ex-deputado tentou reverter diversas decisões, especialmente a da1ª Vara Criminal de Blumenau de levá-lo ao júri popular.
Conforme o advogado Michel Saliba, esgotaram-se as alternativas.
Conforme Saliba, Pizzolatti paga pensão mensal à vítima, que só deixou o hospital cinco meses após o acidente.
O ex-deputado é servidor efetivo do governo do Estado, onde atua como auditor fiscal. Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias