No segundo dia de depoimento no STF, assassino confesso de Marielle Franco, o ex-policial Ronnie Lessa iniciou a audiência apontando que a Divisão de Homicídios sob a gestão do delegado era corrupta: "não prendia rico, apenas pobre".
Defesa de Rivaldo protesta: "Tudo o que ele não viu, ele não pode afirmar".
Ronnie Lessa em depoimento nesta terça-feira (27) no STF Reprodução No segundo dia de depoimentos no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (28) o ex-policial Ronnie Lessa iniciou as perguntas feitas pela Procuradoria Geral República (PGR) apontando que a Divisão de Homicídios (DH), da Polícia Civil, praticava casos de corrupção sob a gestão do delegado Rivaldo Barbosa.
"Quanto mais sangue rolava no Rio mais dinheiro o Rivaldo Barbosa botava no bolso", disse o assassino confesso de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. Segundo ele, o delegado foi um dos idealizadores da renovação da DH: "O Rivaldo é um dos idealizadores do sistema e do que se tornou o que era chamado de 'super DH'.
Disseram que a delegacia passou a usar técnicas do FBI.
Nada mais aconteceu do que se valorizou o preço da propina.
Não vai deixar de ter 'arrego'.
Uma morte que a delegacia recebia R$ 1 milhão vai passar para R$ 5 milhões", contou. A declaração fez o advogado Felipe Dalleprane, um dos defensores de Rivaldo a interromper o depoimento: "Tudo o que ele não viu, ele não pode afirmar.
A gente não pode dar a amplitude ao depoimento da testemunha sem ela apontar de quem ouviu essas questões".