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Ministro do TCU aponta índice de 70% de sonegação no pagamento de royalties da mineração

Postado em 28 de Agosto de 2024


Relatório de Benjamin Zymler constatou que maior parte dos empreendimentos não paga taxa de compensação pela exploração de recursos minerais.

Perda de arrecadação é bilionária.

Mineração de ferro no Pará Divulgação / Temple O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Benjamin Zymler relatou nesta quarta-feira (28) um "elevado índice de sonegação" da compensação financeira pela exploração de recursos minerais (Cfem) – que funcionam como "royalties" de mineração. A Cfem é devida por quem detém autorização para explorar minérios no Brasil, sendo paga na comercialização dos minérios.

O valor da compensação varia de acordo com os minérios, até o limite de 4% sobre a receita bruta da mineradora. Segundo a área técnica do TCU: no período de 2014 a 2021, 70% dos títulos minerários deixaram de pagar os "royalties" de mineração; já entre aqueles que pagaram, de 2017 a 2022, houve uma média de 40,2% de sonegação. A arrecadação da Cfem é responsabilidade da Agência Nacional de Mineração (ANM).

Segundo o Zymler, a agência "não consegue se desincumbir devidamente de sua tarefa de fiscalização por falta de pessoal e de estrutura adequada". A área técnica do TCU aponta que, em 2022, só houve 17 fiscalizações para um total de 40 mil empreendimentos ativos. Em julgamento nesta quarta-feira (28), Zymler destacou uma perda de arrecadação potencial de R$ 20 bilhões por decadência – quando a fiscalização e cobrança dos inadimplentes não é feita dentro do prazo legal, de cinco anos.

O plenário do TCU analisou o processo nesta quarta-feira (28), mas os ministros Augusto Nardes e Aroldo Cedraz pediram mais tempo para analisar o processo.

O tema deve voltar à pauta em até 30 dias.

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