Nova sentença foi por ameaça e incitação ao crime.
Luiz Carlos Basseto gravou vídeo fazendo ofensas e ameaçando ministro em janeiro de 2023; à época ele disse que não imaginou que ato pudesse ser considerado ameaça.
Ministro Cristiano Zanin durante Sessão plenária no STF, em imagem de arquivo Gustavo Moreno/SCO-STF A Justiça do Distrito Federal condenou, pela segunda vez, o homem que atacou o ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), no Aeroporto de Brasília.
O caso ocorreu em janeiro de 2023 (saiba mais abaixo). Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. A nova sentença contra Luiz Carlos Basseto Júnior é de quatro meses de detenção, em regime aberto, pelos crimes de ameaça e incitação ao crime, além do pagamento de R$ 10 mil em indenização.
Em julho, Luiz Carlos Basseto Júnior já havia sido condenado a pagar a uma indenização de R$ 10 mil por injúria. O g1 não conseguiu falar com a defesa do empresário.
À Justiça, Basseto Júnior admitiu que fez os xingamentos, mas disse que não imaginou que tais fatos pudessem ser considerados uma ameaça.
Na decisão, a juíza Mariana Rocha Evangelista, da 6ª Vara Criminal de Brasília, afirma que para configurar o crime de ameaça "basta que a vítima tome conhecimento do mal prometido, independentemente de real intimidação, desde que o sujeito ativo possua capacidade para realizar a ação.
No caso concreto, todos os elementos restaram demonstrados".
Segundo a magistrada, "o argumento defensivo de que as ameaças foram proferidas irracionalmente, sem qualquer intenção de incutir temor na vítima, não retira o cunho ofensivo de sua conduta criminosa, bastando tão somente o conhecimento desta dos impropérios ditos pelo acusado para que se configure o delito em análise". Os ataques ao ministro O caso foi em janeiro de 2023, quando Zanin ainda atuava como advogado do presidente Lula (PT).
Um vídeo divulgado nas redes sociais mostra que Luiz Carlos Basseto Júnior começou a filmar Zanin no Aeroporto de Brasília e o chamou de "bandido" e "corrupto".
O empresário, que usou outros termos ofensivos, perguntou também o motivo de o advogado não estar no avião do presidente.
Em seguida, ele passou a ameaçar a vítima: "Vontade de meter uma mão na orelha em um cara desses". Além disso, disse que o advogado "tinha que tomar um pau de todo mundo [sic]".
Os ataques ocorreram três dias após o 8 janeiro, quando golpistas invadiram e depredaram as sedes dos prédios dos três poderes, em Brasília. À época, Luiz Carlos Basseto Júnior afirmou que não teve a intenção de incitar outras pessoas para crimes contra o ministro, sendo que fez uso de medicações para viajar e que havia compartilhado o vídeo apenas com amigos e familiares, uma vez que não possui redes sociais e que tomou conhecimento da repercussão do caso horas depois.
Basseto Júnior também ressaltou que se sente arrependido dos fatos e que gostaria de se desculpar com a vítima.
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