Informações fizeram o ministro Mauro Campbell, do STJ, autorizar operação nesta quarta-feira (21) contra Wanderlei Barbosa (Republicanos).
Segundo a PF, grupo movimentou R$ 38 milhões.
Wanderlei Barbosa, governador do Tocantins Divulgação/Governo TO O atual governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), teria capitaneado um esquema de desvio de dinheiro destinado à compra de cestas básicas durante a pandemia em seu atual mandato, forjando inclusive a compra de alimentos perecíveis, como frangos, que jamais teriam sido entregues. Segundo as investigações, as empresas contratadas para fazer a entrega de milhares de cestas nem sequer tinham câmaras frigioríficas para armazenar os frangos congelados.
O rastro deixado pelo grupo (que inclui empresários, os filhos e a esposa do governador, entre outros) levou o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell, a autorizar operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (20). O ministro derrubou o sigilo da decisão após o cumprimento dos mandados destinados à Polícia Federal (PF).
A investigação mostra, em um dos contratos, que: "...ao confrontar com as notas fiscais de aquisição de produtos, foi verificado que a empresa em comento não adquiriu produtos suficientes para cumprir integralmente o objeto contratado, o que ocasionou um prejuízo de pelo menos R$ 1.852.778,78.
Ao conduzir vistoria na sede da empresa, foi verificado que o imóvel por ela ocupado anteriormente não dispunha de câmara frigorífica, estrutura indispensável para o suposto armazenamento dos trinta mil frangos congelados que teriam sido alegadamente distribuídos". Governador do TO diz que prêmio de R$ 5 mil em 'consórcio' levou PF a investigá-lo por suposto desvio de dinheiro de cestas básicas Entenda como funcionou o suposto esquema de desvio de dinheiro de cestas básicas no Tocantins Ainda segundo a PF, o "esquema consistiu na contratação de um grupo de empresas previamente selecionadas, muitas delas constituídas há pouquíssimo tempo, ou com objeto social distinto do fornecimento de alimentos, as quais, doravante, receberiam a totalidade do valor contratado, sempre em somas de grande vulto, entregando, em contrapartida, apenas parte do quantitativo estipulado, tendo havido a inexecução parcial ou até mesmo integral dos contratos de fornecimento". O grupo teria movimentado, ao todo, cerca de R$ 38 milhões.
O governador nega irregularidade.