Jogos são desenvolvidos de acordo com a necessidade da empresa, e tem a missão de criar um ambiente descontraído, favorecendo o aprendizado dos funcionários durante os treinamentos.
Fã do universo dos games decidiu utilizar os jogos como ferramenta para potencializar treinamentos empresariais Matheus Campos Jogos de tabuleiro, lego e RPG.
Será que é possível misturar games com o ambiente corporativo? Para o morador de Campinas (SP), Leandro Ferraz, a resposta é sim.
Em busca de mudar a percepção negativa que muitos funcionários têm sobre treinamentos corporativos, ele decidiu inovar, trazendo o universo dos games para as dinâmicas de capacitação.
Em 2020, ele decidiu transformar essa paixão de infância em profissão e hoje atua com uma empresa especializada no desenvolvimento e aplicação de jogos personalizados.
O objetivo é criar um ambiente descontraído e favorecer o aprendizado durante os treinamentos.
O método tem ganhado popularidade nos últimos anos. No Dia Internacional do Gamer (que, sim, inclui jogos analógicos), o g1 conversou com Leandro para entender como os jogos podem ser utilizados como ferramenta para o desenvolvimento de habilidades importantes, conhecidas no mundo corporativo como soft skills e hard skills, e qual a eficácia do método. Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp Pandemia + home office = mais treinamentos! Leandro Ferraz é fã de games desde a infância Thiago Jinguji Kai Apaixonado por jogos desde a infância, Leandro decidiu transformar essa paixão antiga em profissão.
A ideia surgiu em 2020, em meio à pandemia de Covid-19, quando a necessidade de inovar nos treinamentos ficou mais evidente, já que os funcionários estavam em casa, trabalhando remotamente. “Percebemos que o home office poderia ser uma oportunidade para repensar as formas de treinamento.
Os jogos se mostraram uma excelente ferramenta para engajar e ensinar de maneira mais leve e eficaz”, explica Leandro. Após alguns testes, o projeto começou a ganhar espaço entre os clientes, que se identificaram com a proposta.
Hoje, a iniciativa atende grandes empresas nacionais e internacionais de setores variados, como companhias aéreas, cosméticos e alimentação. Jogar para aprender Os jogos desenvolvidos e aplicados por Leandro são baseados em uma metodologia conhecida como Game-Based Learning (GBL) Arquivo pessoal Embora possa parecer uma prática simples e lúdica, os jogos desenvolvidos e aplicados nos treinamentos são baseados em uma metodologia conhecida como Game-Based Learning (GBL). Entenda: ela permite a criação e uso de games para fins didáticos.
Aqui, os jogos são utilizados como ferramenta para ensinar fundamentos éticos e comportamentais, que vão desde liderança, até comunicação, criatividade e pensamento crítico.
“Os jogos são desafiadores e despertam curiosidade, mas também cumprem um papel educativo importante.
A competição saudável que surge durante as dinâmicas estimula o aprendizado e a aplicação prática das habilidades desenvolvidas”, afirma Leandro. Mas, afinal, como funciona? Assim como os jogos voltados para o entretenimento, os games educacionais colocam os participantes diante de problemas que precisam ser resolvidos.
Dessa forma, de acordo com Leandro, os funcionários não só aprendem novos conceitos, mas também exercitam habilidades críticas para o ambiente de trabalho. “Os jogos criam um cenário onde o erro é permitido e onde as pessoas se sentem mais confortáveis para experimentar e aprender.
Isso faz com que o conhecimento seja absorvido de maneira mais natural e duradoura”, conclui Leandro. OA escolha do jogo aplicado no treinamento é baseada nas necessidades do time de funcionários a ser treinado Arquivo Pessoal Leandro explica que os jogos ajudam a quebrar as barreiras iniciais de resistência dos funcionários em relação aos treinamentos tradicionais.
“Quando as pessoas começam a jogar, elas se desprendem da ideia de que estão em um ambiente corporativo e se imergem no jogo.
Isso facilita a absorção do conteúdo e aumenta o engajamento”, diz. Os tipos de jogos variam conforme a necessidade da empresa e o perfil dos funcionários.
Em alguns casos, jogos de tabuleiro clássicos são adaptados para incluir dinâmicas específicas de trabalho, como liderança e gestão de equipes.
Em outros, são criados jogos totalmente novos, personalizados para abordar problemas específicos da empresa. E é de fato eficaz? O g1 conversou com a especialista em carreira e diretora da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Carolina Dostal, para entender a eficácia do método.
Ela explica que a dinâmica que os jogos proporcionam contribui para o engajamento rápido dos funcionários no treinamento, o que faz com que sejam mais receptivos ao conteúdo apresentado.
"Em um jogo, você consegue aproximar aquelas pessoas e sem ser uma coisa besta sabe? Muitos colaboradores se irritam com dinâmicas de RH.
Eles falam: 'Eu tenho tanta coisa para fazer e esse cara vai me fazer parar para fazer uma dinâmica boba de RH'.
Eu acho que a gente precisa entender o colaborador também". "Agora, quando você chega com um jogo que você usa a inteligência dele para um programa entre aspas, recreativo, ele não vai se sentir subjugado", explica Carolina.
Para Leandro, o uso de jogos nos treinamentos não apenas torna a experiência mais agradável, mas também mais eficaz.
De acordo com ele, os funcionários retêm melhor o conteúdo quando ele é apresentado de maneira lúdica, e o tempo necessário para a assimilação do aprendizado é reduzido.
Além disso, o ambiente descontraído criado pelos jogos permite que os participantes se expressem com mais liberdade, o que contribui para a identificação de problemas e a criação de soluções dentro da empresa. “A diversão é uma consequência, não o objetivo principal.
Nosso foco é usar os jogos como uma ferramenta para alcançar os resultados que a empresa precisa, seja melhorar a comunicação entre os colaboradores ou desenvolver novas habilidades”, afirma. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias da região no g1 Campinas
