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Tubarão-tigre marcado para estudo em Fernando de Noronha migra mais de 2 mil quilômetros e está na Bahia

Postado em 29 de Agosto de 2024


Animal foi localizado na região de Itacaré.

Monitoramento ajuda na análise do comportamento da espécie.

Tubarões-tigre capturados em Fernando de Noronha são monitorados para estudo Um tubarão-tigre marcado com transmissor via satélite por pesquisadores em Fernando de Noronha está em Itacaré (BA), a uma distância de mais de 2 mil km.

O animal recebeu o equipamento no dia 20 de julho na ilha e passou a ser monitorado numa pesquisa sobre o comportamento da espécie. A pesquisa é desenvolvida pelo Projeto Tubarões e Raias de Noronha e Arabia Saudita King Abdullah University of Science and Technology (KAUST), instituição da Arábia Saudita.

Os estudiosos realizaram uma expedição na ilha no mês de julho (veja vídeo abaixo). Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE O tubarão monitorado é uma fêmea, batizada pelos pesquisadores com o nome de Pérola.

A migração do animal confirma a expectativa dos pesquisadores, mas também apresenta surpresa. "Outros tubarões-tigre marcados em Fernando de Noronha e rastreados com essa tecnologia por outras equipes de pesquisa seguiram rumo à costa do Brasil e até mesmo rumo à África.

A surpresa é que, nos tubarões rastreados em estudos anteriores, os animais não foram tão ao sul, como está se descolando esta fêmea", disse a coordenadora do Projeto Tubarões e Raias de Fernando de Noronha, Bianca Rangel, que também é pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP). A tecnologia utilizada permite que os pesquisadores acompanhem diariamente a rota de migração dos tubarões marcados.

Até o momento, os demais sete tubarões marcados permanecem nas redondezas do arquipélago.

O relatório foi divulgado e pode ser acessado na internet.

LEIA TAMBÉM Pesquisadores instalam transmissores em tubarões para monitorar rotas e comportamento Expedição captura e monitora 38 tubarões em Fernando de Noronha A pesquisadora da KAUST, a brasileira Raquel Lubambo, informou que a fêmea monitorada foi uma das duas identificadas como possivelmente grávidas.

Esse foi o animal que recebeu a marcação para acompanhamento via satélite.

Lubambo acredita que, ao migrar em direção ao sul, a fêmea pode estar em busca de áreas mais seguras para o nascimento dos filhotes, um comportamento que é comum em várias espécies de tubarões. Bianca Rangel explicou que essas informações são essenciais para a conservação dos tubarões, uma vez que mostram a conectividade deles com outras regiões protegidas.

“Isso pode influenciar a movimentação no Oceano Atlântico como temperatura, correntes marítimas, estágio de vida, entre outros”, declarou a coordenadora. O monitoramento permitirá aos cientistas mapear com mais precisão as áreas críticas para a conservação do tubarão-tigre, contribuindo para estratégias de conservação mais eficazes. Tubarão-tigre é estudando em Noronha Bruno Galvão/Projeto Tubarões e Raias de Noronha VÍDEOS: mais vistos nos últimos 7 dias em Pernambuco

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