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Mulheres negras se destacam no mercado de trabalho no AM; 'Devemos estar sempre além', diz advogada

Postado em 20 de Novembro de 2024


Como exemplo, uma empresária também criou sua própria linha de produtos para cabelos cacheados, desenvolvendo opções que atendem às necessidades específicas das mulheres negras.

Dia Nacional da Consciência Negra: mulheres negras se destacam no mercado regional No dia 20 de novembro, é celebrado o Dia Nacional da Consciência Negra, data que marca a morte de Zumbi dos Palmares, líder quilombola assassinado em 1695.

No Amazonas, mulheres negras têm se destacado em diversos segmentos profissionais, promovendo um importante debate sobre a igualdade racial no mercado de trabalho. Participe do canal do g1 AM no WhatsApp De acordo com o relatório de transparência salarial do Ministério do Trabalho, as mulheres no Amazonas ganham, em média, 20,5% a menos que os homens.

Quando analisado o recorte racial, as mulheres negras recebem, em média, R$ 2.650,10, valor inferior ao das mulheres brancas, que ganham em média R$ 3.200. Mulheres negras se destacam no mercado regional Reprodução e Ana Carolina Amaral é advogada e presidente da Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Além de sua atuação como ativista e DJ, ela destaca que a educação sempre foi o fator determinante para sua trajetória profissional. "Ser uma mulher negra no ativismo é algo intrínseco à nossa existência.

A mulher negra está sempre em movimento, sempre agindo de forma coletiva e com um propósito.

Como mulher preta, precisamos nos destacar; não podemos ser medianas, devemos estar sempre além", afirmou a advogada. Por muito tempo, a indústria da beleza negligenciou o acesso de mulheres negras aos produtos e serviços disponíveis no mercado.

A cor da pele e o tipo de cabelo frequentemente eram considerados "fora do padrão".

Em resposta a essa realidade, a empresária Jéssica Evelyn lançou sua própria linha de produtos voltados para cabelos cacheados. "Uma mulher completamente improvável, vinda do interior do Maranhão, cheguei em Manaus sem nenhuma rede de apoio.

A gente ganha mais autoridade quando vive a experiência, e eu vivi todas as fases da transição capilar.

Aqui, acolhemos e ouvimos as mulheres, que se sentem parte de uma comunidade, se sentem pertencentes", destacou a empresária. A empresária veio do Maranhão e chegou em Manaus com R$ 150,00 Reprodução Feriado Nacional A celebração do Dia da Consciência Negra foi criada em 1971 e, em 2011, a data foi oficialmente incorporada ao calendário nacional.

Embora já fosse feriado em alguns estados e municípios, foi apenas em 2023 que uma lei aprovada no Congresso Nacional tornou o Dia da Consciência Negra um feriado nacional. O sociólogo Luiz Carlos Marquês afirmou que comemorar essa data é essencial para refletir sobre os impactos históricos da escravidão e os desafios impostos pelo racismo estrutural no Brasil. "Celebrar Zumbi e resistência negra inspira a luta por justiça, liberdade e inclusão, fundamentais para um país verdadeiramente democrático.

Cabe a nós, povo brasileiro e principalmente o povo negro, fazer com que esse dia seja de reflexões e avanços sociais" relatou o sociólogo. Em 500 anos de história do Brasil, quatro gerações vivenciaram o período da escravidão, com cerca de quatro milhões de pessoas escravizadas.

Mesmo após a abolição, os negros continuaram a ser discriminados, silenciados e desrespeitados.

Muitas autoridades negras, muitas vezes, acabaram sendo retratadas como brancas, apagando sua verdadeira identidade. Amazonas Band promove espetáculo em homenagem ao Dia da Consciência Negra

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