Um apoio de Robert F.
Kennedy Jr.
poderia ser determinante no resultado da corrida eleitoral dos EUA, no cenário de empate técnico entre Kamala Harris e Donald Trump: segundo pesquisas de intenção de voto, Kennedy Jr teria o voto de 4% dos eleitores americanos.
Robert F.
Kennedy Jr.
durante anúncio de sua pré-candidatura à presidência dos EUA, em 19 de abril de 2023 Brian Snyder/Reuters O candidato independente à presidência dos EUA Robert F.
Kennedy Jr.
planeja abandonar a corrida até o final desta semana e anunciar apoio a Donald Trump, segundo o jornal americano "ABC News". A campanha de Kennedy anunciou mais cedo que ele faria um discurso à nação nesta sexta-feira (23), em que ele falará sobre "o momento histórico atual e seu caminho a seguir".
Há a expectativa de que a desistência oficial aconteça nesse momento. Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp O anúncio da fala pública de Kennedy ocorre após sua candidata a vice, Nicole Shanahan, ter afirmado durante um podcast na terça-feira que ele estava considerando encerrar sua campanha para se unir a Trump, candidato republicano à presidência. Um apoio de Robert F.
Kennedy Jr.
poderia ser determinante no resultado da corrida eleitoral americana: segundo pesquisas de intenção de voto, Kamala Harris e Donald Trump travam uma disputa acirrada, e a maioria delas mostra um empate técnico.
Kennedy teria o voto de 4% dos eleitores, segundo pesquisa da Ipsos realizada neste mês. Segundo vice de Kennedy, a campanha do candidato independente estaria tirando mais votos de Trump do que de Kamala Harris, candidata democrata.
Ela também havia dito que o dinheiro da campanha do candidato independente está acabando --Nicole Shanahan é uma investidora do Vale do Silício e investiu mais de US$ 10 milhões (cerca de R$ 54,9 mi). Horas após as declarações de Nicole Shanahan, Trump afirmou que consideraria dar a Kennedy Jr.
um cargo em seu governo, caso o candidato independente abandonasse a corrida presidencial e o apoiasse. Kennedy Jr.
é filho de Robert Kennedy, que foi senador dos EUA e foi assassinado durante sua campanha à presidência, em 1968.
Ele também é sobrinho de John F.
Kennedy, assassinado em 1963, quando era presidente. Robert Kennedy Jr.
foi um advogado ambientalista, mas com o passar dos anos ele virou um ativista contra vacinação.
Muitos membros da família Kennedy romperam os laços com o candidato por suas campanhas antivacina. Kennedy Jr.
nunca liderou as pesquisas e já não tinha boas chances de ser eleito.
Sua campanha mirava prejudicar os esforços dos candidatos democrata e republicano, mas seu apoio com o eleitorado americano foi decaindo durante o tempo --chegou a ser de 10%, segundo pesquisas de intenção de voto.