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Com mais de 1,5 mil focos de incêndio, 'Operação Sem Fogo' reforça medidas de combate às queimadas no Acre

Postado em 29 de Agosto de 2024


Ações são coordenadas pela Casa Civil, Defesa Civil e pela Secretaria do Meio Ambiente.

Lançamento ocorreu nesta quinta-feira (29) no Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

Com mais de 1,5 mil focos de incêndio, 'Operação Sem Fogo' reforça medidas de combate Com intuito de reduzir o número de queimadas, focos de incêndio e desmatamento no Acre, o governo lançou a Operação Sine Ignis (Sem Fogo) nesta quinta-feira (29).

As ações são coordenadas pela Casa Civil, Defesa Civil e pela Secretaria do Meio Ambiente. Participe do canal do g1 AC no WhatsApp O Acre teve piora drástica nos índices de queimadas no mês de agosto.

Antes mesmo do fechamento do mês, o índice já supera todas as marcas dos meses anteriores, com 1.540 focos até a manhã desta quarta (28).

O número já superou os dados do mesmo período do ano passado, 1.388 focos. "Vamos fazer nesse momento é intensificar já o que vem sendo feito.

Estamos agora mesmo em Cruzeiro do Sul capacitando mais policiais, policiais militares, policiais de refrão para operar com drones nessas áreas e vamos focar nas áreas mais críticas, temos policiais de Rio Branco, de Cruzeiro do Sul, da inteligência.

Acho que cabe ressaltar que temos informações do estado todo", destacou o tenente-coronel da Polícia Militar Kleison Albuquerque. O lançamento da operação ocorreu no Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

Além da Casa Civil, a Defesa Civil e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), as ações são desenvolvidas também pelo Instituto do Meio Ambiente do Acre (Imac), o Grupo Especial de Fronteira (Gefron), o Cento Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA). Várias autoridades participaram do lançamento da operação Neto Lucena/Secom "Esse trabalho é contínuo, é importante a gente colocar que desde o começo do ano esse trabalho não para, é permanente, que hoje está sendo lançado essa operação para intensificar nesse período mais crítico.

Os dados que o Sigma nos fornece para essas operações são dados mapeados, identificados e tem um histórico", salientou a secretária adjunta de Meio Ambiente, Renata Souza. O chefe da divisão técnica do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Sebastião Santos, fez um alerta para a importância da responsabilização de quem faz queimadas e afirma que haverá consequências pra quem pratica esse tipo de crime.

"Existem os procedimentos legais que aplicam-se as penalidades para quem comete o desmatamento no ato da fiscalização e aqueles em que são identificados, que vêm cometendo rotineiramente os delitos.

Eles são considerados reincidentes e a legislação estabelece penas maiores para essas pessoas que são reincidentes.

Então, a pena não pode ser dobrada ou triplicada", disse.

Corpo de bombeiros combate incêndio próximo a condomínio em Rio Branco Arquivo pessoal Pior mês do ano Seca de rios e igarapés, baixa umidade do ar e muitos focos de incêndios.

Esta é a realidade do Acre no período em que a estiagem se intensificou ainda mais.

É neste cenário que o estado chegou ao seu pior mês do ano em relação aos registros de queimadas, segundo monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). LEIA MAIS: Acre tem o maior número de queimadas no mês de julho em oito anos Falta de chuva e seca extrema do Rio Acre preocupam produtores da capital do AC: 'Morrendo tudo por falta de água' Seca severa: governo federal reconhece emergência em todos os 22 municípios do Acre Seca intensifica isolamento e cidade no interior do AC decreta situação de calamidade pública: ‘população sofre’, diz Defesa Civil Antes mesmo do fechamento do mês, o índice já supera todas as marcas dos meses anteriores.

O total de queimadas detectadas em 2024 também já representa pouco mais de 31% do ano passado, quando o número fechou em 6.562 focos. Cenário nos municípios Dos mais de 1,5 mil focos detectados pelo monitoramento do Inpe em agosto até esta quarta, a maior parte foi registrada no município de Feijó, com 383.

Os outros que compõem a lista dos três maiores em queimadas são: Tarauacá (247) e Cruzeiro do Sul (196). Já os municípios da região do Alto Acre são os que menos queimam: Assis Brasil (13), Epitaciolândia (5) e Brasiléia (25). Entre 1º de janeiro e 27 de agosto deste ano, ainda segundo o monitoramento do Inpe, o Acre já teve 2.087 focos. O crescimento foi exponencial entre julho e agosto.

O número de queimadas registrados, segundo o Inpe, ficou em 603 no mês passado.

A variação foi de 123% a mais na comparação com agosto. A análise histórica dos dados também mostram que o alcance e a destruição provocadas por estes focos também preocupam.

De acordo com um levantamento do projeto Acre Queimadas, que envolve diversos órgãos ambientais e pesquisadores, 2022 foi o segundo ano com maior área queimada mapeada desde 2005, quando foi registrado o ano mais crítico no estado. "Em 2022, foram registrados 322.019 ha (3.220 km2) de queimadas em áreas antropizadas, cerca de 29% maior que no ano de 2021, ano com a segunda maior estimativa desde 2005.

Aproximadamente 51% do fogo mapeado em 2022, ocorreu em áreas antropizadas consolidadas, desmatadas antes de 2021.

Nestas áreas, o uso do fogo está possivelmente associado às práticas de manejo agropecuário (pastagens e agricultura anual ou perene).

O restante das áreas afetadas pelo fogo, que contabilizam 49% do total da área queimada, foram detectadas em áreas desmatadas em 2021 e 2022, ou seja, o fogo foi utilizado para completar o processo do desmatamento", destaca o relatório.

Colaborou a repórter Vitória Guimarães, da Rede Amazônica Acre. VÍDEOS: g1

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