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Menino de 7 anos com autismo foi chamado de ‘burro’ e isolado pela professora em sala, denuncia mãe

Postado em 30 de Agosto de 2024


Em denúncia à polícia, a mulher detalhou que chegou a presenciar o menino sentado com a mesa virada para a parede.

Prefeitura de Anápolis disse que professora foi afastada e que mudou menino de sala.

Menino de 7 anos com autismo que foi chamado de burro em escola de Anápolis Reprodução/TV Anhanguera Uma mãe denunciou que o filho com autismo de apenas 7 anos foi chamado de “burro” e isolado na sala de aula de uma escola municipal, em Anápolis, a 55 km de Goiânia.

Em denúncia à polícia, a mulher detalhou que chegou a presenciar o menino sentado com a mesa virada para a parede.

“Disse que eu ficaria assim para o resto da vida”, contou o menino à mãe sobre a professora tê-lo deixado virado para a parede.

“Ele começou a ficar muito revoltado e falava que era burro, incapaz, sonso, que não dava conta.

Eu sempre perguntava: Meu filho, quem falou isso para você? Ele sempre falava: ‘Foi a professora’", relatou a mãe. Clique e siga o canal do g1 GO no WhatsApp O caso foi registrado na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Anápolis na última sexta-feira (23) e a Polícia Civil investiga o caso.

Ao g1, a Prefeitura de Anápolis informou que, após acolher a denúncia da mãe, a Secretaria Municipal de Educação abriu uma sindicância para apurar o caso.

Além disso, disse que o menino mudou de sala e que a professora foi afastada.

“A pasta considera sérias todas as denúncias e reforça o compromisso com a garantia de oferecimento de suporte adequado para todos os alunos”, escreveu.

LEIA TAMBÉM VÍDEO: Escola deixa criança com autismo amarrada durante aula por 'mau comportamento', diz polícia ASSISTA: Influenciadora digital zomba de vagas exclusivas para autistas em estacionamento 'REVOLTANTE': Mãe denuncia que criança autista foi impedida de participar de apresentação em escola Ofensas e isolamento Mãe denuncia que filho com autismo foi chamado de "burro" e isolado em escola de Anápolis, em Goiás Reprodução/TV Anhanguera Ao g1, a mãe do menino contou que o filho reclama desde março que a professora estaria chamando-o de preguiçoso.

“Eu não estava acreditando até no dia que eu fui buscar ele na escola na saída e ela o chamou de preguiçoso bem alto.

Eu perguntei como ele estava na aula e ela respondeu: ‘hoje ele tá muito preguiçoso, não fez nada’ num tom meio bravo”, relembrou a mãe.

A mãe, que descreveu o filho como espero e inteligente, justificou que o filho nunca havia reclamado de nenhum professor.

Mesmo assim, buscou entender a fundo com o menino o que estava acontecendo.

“Meu filho é um amor de criança, todo mundo que conversa com ele fala isso.

Ele nunca reclamou de professor nenhum para mim.

Sempre adorava os professores.

Mas esse ano está sendo difícil”, afirmou a mulher.

“Ele falou que a professora não estava passando tarefa para ele.

Que ele não estava fazendo tarefas nem em sala, nem em casa.

Que estava indo para a escola para olhar para a parede”, complementou.

A mãe ainda detalhou que, desde que a situação começou, o menino passou a ter dificuldades, mudou o comportamento, começou a se isolar em casa e ficou mais estressado.

"Quando vai fazer atividade ele fala que não dá conta porque ele é burro”, disse a mãe.

No boletim de ocorrência, a mãe relatou que ao tomar conhecimento da situação, acompanhou o filho até a escola.

Em determinado momento, ela mesma presenciou o menino com a mesa virada para a parede.

Na ocasião, o menino contou que já estava assim já dez dias.

Família abalada Menino de 7 anos com autismo que foi chamado de burro em escola de Anápolis Reprodução/TV Anhanguera A mãe ainda contou que o filho ficou emotivo com a situação, chorou e a agradeceu por ter acreditado no que ele contou.

Ela ainda explicou que, após o afastamento da professora e a mudança dele de sala de aula, o menino começou a melhorar.

No entanto, explica que a situação ainda não está fácil.

“Ele chorou muito e ficou me dizendo obrigada por ter acreditado com mim, obrigada por ter visto.

Não tô conseguindo dormir direito, toda hora eu lembro do jeito que ele tava na sala de aula.

Do rostinho triste dele, a gente que é mãe fica com o coração aflito, fica com medo”, detalhou.

Ela pontuou, no entanto, que o menino está se adaptando à nova professora e que a escola designou uma cuidadora para ajudá-lo três vezes na semana com a alfabetização.

“Ele está amando a nova professora e a cuidadora.

Me disse que ela está ajudando ele a fazer as atividades sozinho e fala para ele que ele dá conta, então eles lá já estão ajudando a tratar essa autoconfiança dele, mas ele vai precisar de um tratamento com psicólogo”, contou.

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