Homem que invadiu casa da vítima foi condenado a 33 anos de prisão.
Mulher que recebeu dinheiro para ajudar no planejamento do crime recebeu pena de 24 anos de prisão.
Julgamento aconteceu na quinta-feira (23), no Fórum de Paulista, no Grande Recife Reprodução/Google Maps O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) condenou mais dois envolvidos no assassinato da comissária de bordo Dinorah Cristina Barbosa da Silva, morta em casa enquanto amamentava a filha de 8 meses.
A investigação policial apontou que o crime foi planejado pelo pai da bebê, Mayk Fernandes dos Santos, um copiloto que se envolvia com Dinorah escondido da namorada, e pela sogra dele, Maria Aparecida Brandão Batista, pois ambos não aceitavam a gravidez da vítima.
Roseane Barbosa da Silva, que recebeu dinheiro para ajudar os criminosos, foi condenada a uma pena de 24 anos, e Denis Pereira de Souza, que invadiu a casa de Dinorah junto com um comparsa e atirou na vítima, foi condenado a uma pena de 33 anos, segundo a Justiça.
O g1 questionou o TJPE por quais crimes eles foram condenados, mas não recebeu resposta até a última atualização desta reportagem. Receba no WhatsApp as notícias do g1 PE Este, que foi o segundo julgamento do caso, aconteceu na quinta-feira (29), na 1ª Vara Criminal de Paulista, no Grande Recife.
Como os dois condenados estão presos em São Paulo, a sessão foi realizada por videoconferência.
O primeiro julgamento do crime ocorreu em 22 de agosto, também por videoconferência.
Nele, foram condenados por feminicídio qualificado por motivo torpe (meio cruel) a sogra de Mayk e Douglas Dias Pereira, que comandou a execução do crime.
Na sentença, assinada pelo juiz Thiago Cintra, Roseane foi condenada a 49 anos e seis meses de prisão e Diogo a 29 anos e 2 meses.
De acordo com o TJPE, outros três réus ainda vão passar por julgamento, em data não informada pelo tribunal até a última atualização desta reportagem.
São eles: Mayk Fernandes dos Santos: pai do filho de Dinorah e um dos mandantes do crime; Haroldo Lopes Morais: genro de Maria Aparecida e acusado de ter ajudado no planejamento do crime; Diego Henrique Felippe: também acusado de ajudar no planejamento. Relembre o caso O crime aconteceu em 24 de outubro de 2019, no bairro de Maranguape II, em Paulista, no Grande Recife; Dinorah Cristina Barbosa da Silva, de 35 anos, estava dentro do quarto deitada amamentando a filha quando dois homens encapuzados invadiram a casa e atiraram contra ela; A bebê não foi atingida nem a mãe de Dinorah, que também estava na casa; De acordo com o inquérito policial, os envolvidos faziam campana nas proximidades da casa de Dinorah, para encontrar o momento exato para matá-la; O crime aconteceu poucos dias após uma tentativa de homicídio sofrida por Dinorah, também dentro de casa e planejada por Mayk e Maria Aparecida, segundo a Justiça; Dinorah e Mayk se conheceram no trabalho em 2018 e se relacionaram; A comissária descobriu a gravidez em setembro de 2018; Ao contar a Mayk, ele pediu para que ela abortasse e a levou a uma clínica de Campinas, em São Paulo, onde ele morava, para realizar o procedimento, mas Dinorah não quis; Durante as investigações, foi descoberto que a motivação do crime foi o fato de Dinorah ter dado continuidade à gravidez; Junto com a sogra, Mayk viajou para Pernambuco para contratar os homens para assassinar Dinorah. Presos em operação Todos os envolvidos no crime foram presos em 2020 na Operação Caixa Preta, da Polícia Civil; A polícia constatou que os criminosos faziam parte de uma quadrilha interestadual, e um dos crimes foi o assassinato de Dinorah; Na época, foram cumpridos 11 mandados de prisão e sete de busca e apreensão em municípios de São Paulo e Pernambuco; O cumprimento dos mandados aconteceu em Campinas, Indaiatuba (SP) e Hortolândia (SP); Houve também diligências na cidade de Castilho (SP), além de Paulista, onde o crime aconteceu, e Olinda, no Grande Recife. VÍDEOS: mais vistos de Pernambuco nos últimos 7 dias