Bertodo Dinailde da Silva Ferreira, de 42 anos, está foragido.
Patrícia, que era o alvo, foi atingida com sete tiros.
Daiana Gomes Farias Redes Sociais/Reprodução Daiana (ou Dai, como era carinhosamente chamada), era mãe, casada há 19 anos e, nas palavras do marido, uma mulher alegre e comunicativa que fazia de tudo por quem amava.
Há uma semana, ela foi assassinada enquanto tentava defender a amiga de um feminicídio.
“Uma ‘perca’ que eu não tenho nem como te falar o tamanho da dimensão da ‘perca’ que a gente teve e da dor que está no meu coração.
Não só no meu do filho, do nosso filho, da nossa família em geral, entendeu?”, desabafou o marido.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.
O suspeito do crime é o ex-esposo de Patrícia Magalhães, a amiga de Daiane que sobreviveu.
Bertodo Dinailde da Silva Ferreira, de 42 anos, está foragido.
Bertodo Dinailde Redes Sociais/Reprodução Segundo o boletim de ocorrência, Patrícia estava chegando em casa em um transporte de aplicativo, quando o ataque aconteceu.
Daiana desceu do veículo para ajudar a amiga, foi atingida com disparos de arma de fogo e morreu no local.
“Espero que a justiça seja feita, tanto do homem como de Deus, minha família tá muito triste, tanto filhos, como mãe, minha sogra, todos os amigos, porque a Daiana era uma pessoa especial, não tinha maldade no coração nem nada, quem conheceu ela, entendeu?”, cobra o esposo.
Patrícia, que era o alvo, foi atingida com sete tiros.
Ela foi internada em estado grave, mas, segundo familiares, não corre mais risco de vida. A vítima tem uma medida protetiva contra Bertodo, devido a um histórico de agressões.
Neste ano, segundo a Polícia Militar, ele foi preso por descumprir a medida judicial. O estado que mais mata mulheres Em 2022 e 2023, Rondônia perdeu 44 mulheres para o feminicídio.
Nesse último, a taxa foi reduzida de 2,6 para 2,4 e ainda assim é quase duas vezes maior que a média nacional, que é 1,4. ‘Machismo e cultura da violência’: os pilares que sustentam Rondônia como o estado que mais mata mulheres no Brasil Partindo para outro recorte, mais de 7,7 mil mulheres sofreram violência doméstica entre 2022 e 2023 em Rondônia.
As taxas nos dois anos só perdem para o Mato Grosso: são as segundas maiores do Brasil. Mas por que Rondônia conserva esse status? De acordo com a promotora Joice Gushy Mota Azevedo, que atua em júris de feminicídio, o machismo e a cultura de violência são os pilares que sustentam o título de estado mais violento para mulheres. “A violência contra a mulher é tolerada e, em muitos casos, justificada.
Uma visão excessivamente conservadora desqualifica e menospreza a vida de mulheres que não seguem um padrão pré-formatado e considerado de ‘mulheres de valor’.
Assim, em casos de vítimas com um estilo de vida mais livre, mais ousado para os padrões conservadores ou que envolvam vícios, a vida da mulher é vista como de menor importância”, aponta. ASSISTA OS DEPOIMENTOS: Rondônia tem a maior taxa de feminicídio do Brasil