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Assassinato de mulher que tentou salvar a amiga completa uma semana: 'Espero que a justiça seja feita, tanto do homem como de Deus', cobra marido

Postado em 30 de Novembro de 2024


Bertodo Dinailde da Silva Ferreira, de 42 anos, está foragido.

Patrícia, que era o alvo, foi atingida com sete tiros.

Daiana Gomes Farias Redes Sociais/Reprodução Daiana (ou Dai, como era carinhosamente chamada), era mãe, casada há 19 anos e, nas palavras do marido, uma mulher alegre e comunicativa que fazia de tudo por quem amava.

Há uma semana, ela foi assassinada enquanto tentava defender a amiga de um feminicídio.

“Uma ‘perca’ que eu não tenho nem como te falar o tamanho da dimensão da ‘perca’ que a gente teve e da dor que está no meu coração.

Não só no meu do filho, do nosso filho, da nossa família em geral, entendeu?”, desabafou o marido.

O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.

O suspeito do crime é o ex-esposo de Patrícia Magalhães, a amiga de Daiane que sobreviveu.

Bertodo Dinailde da Silva Ferreira, de 42 anos, está foragido.

Bertodo Dinailde Redes Sociais/Reprodução Segundo o boletim de ocorrência, Patrícia estava chegando em casa em um transporte de aplicativo, quando o ataque aconteceu.

Daiana desceu do veículo para ajudar a amiga, foi atingida com disparos de arma de fogo e morreu no local.

“Espero que a justiça seja feita, tanto do homem como de Deus, minha família tá muito triste, tanto filhos, como mãe, minha sogra, todos os amigos, porque a Daiana era uma pessoa especial, não tinha maldade no coração nem nada, quem conheceu ela, entendeu?”, cobra o esposo.

Patrícia, que era o alvo, foi atingida com sete tiros.

Ela foi internada em estado grave, mas, segundo familiares, não corre mais risco de vida. A vítima tem uma medida protetiva contra Bertodo, devido a um histórico de agressões.

Neste ano, segundo a Polícia Militar, ele foi preso por descumprir a medida judicial. O estado que mais mata mulheres Em 2022 e 2023, Rondônia perdeu 44 mulheres para o feminicídio.

Nesse último, a taxa foi reduzida de 2,6 para 2,4 e ainda assim é quase duas vezes maior que a média nacional, que é 1,4. ‘Machismo e cultura da violência’: os pilares que sustentam Rondônia como o estado que mais mata mulheres no Brasil Partindo para outro recorte, mais de 7,7 mil mulheres sofreram violência doméstica entre 2022 e 2023 em Rondônia.

As taxas nos dois anos só perdem para o Mato Grosso: são as segundas maiores do Brasil. Mas por que Rondônia conserva esse status? De acordo com a promotora Joice Gushy Mota Azevedo, que atua em júris de feminicídio, o machismo e a cultura de violência são os pilares que sustentam o título de estado mais violento para mulheres. “A violência contra a mulher é tolerada e, em muitos casos, justificada.

Uma visão excessivamente conservadora desqualifica e menospreza a vida de mulheres que não seguem um padrão pré-formatado e considerado de ‘mulheres de valor’.

Assim, em casos de vítimas com um estilo de vida mais livre, mais ousado para os padrões conservadores ou que envolvam vícios, a vida da mulher é vista como de menor importância”, aponta. ASSISTA OS DEPOIMENTOS: Rondônia tem a maior taxa de feminicídio do Brasil

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