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Brasileira na Coreia do Sul relata incertezas em madrugada de crise política no país: 'Todo mundo foi pego de surpresa'

Postado em 03 de Dezembro de 2024


Munich Ferreira, que mora no país desde 2018, conta que, mesmo após a revogação da lei marcial pelo congresso, ainda existem dúvidas sobre como a situação vai se desenrolar.

A brasileira Munich Ferreira mora na Coreia do Sul desde 2018 Munich Ferreira/Arquivo pessoal Após um fim de noite e madrugada de crise política na Coreia do Sul, a brasileira Munich Ferreira, que mora no país asiático desde 2018, conta que o decreto de corte marcial feito pelo presidente Yoon Suk-yeol pegou a todos de surpresa.

E mesmo após a revogação da lei marcial pelo Parlamento, em plena madrugada, ainda existem dúvidas sobre como a situação vai se desenrolar. “É difícil dizer porque tá acontecendo de madrugada, mas as reações na internet parecem bastante raivosas contra o presidente.

Ninguém tava esperando isso, nem o pessoal do partido dele, todo mundo foi pego de surpresa”, comentou em entrevista ao g1. Munich é natural de Campina Grande, na Paraíba, é formada em tradução pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e foi morar na Coreia do Sul em 2018, para estudar coreano na Jeonbuk National University, na cidade de Jeonju.

Ela vive com o marido sul-coreano e o filho do casal. ACOMPANHE: Lei marcial na Coreia do Sul A lei marcial foi imposta no país após o presidente dizer que quer "limpar" o território de aliados da Coreia do Norte, mas a oposição acusou o governo de estar usando o conflito com Pyongyang para controlar o Parlamento. Presidente da Coreia do Sul decreta lei marcial South Korean Presidential Office / AFP Apesar de ter sido fechado por Yoon Suk-yeol, o Parlamento votou a derrubada da lei e pediu a prisão do presidente.

O líder da oposição, Lee Jae-Myung, disse após a votação emergencial que a lei marcial é inválida. Munich conta que não há definições concretas sobre a conjuntura política do país. “A votação passou, mas ainda não sabemos como será efetivada amanhã[quarta].

Vai depender disso.

Eu tinha visto que a polícia também não estava dando apoio [ao presidente], não sei como fica a posição do Exército.

Não consegui ver informações firmes, e me parece que até eles estão confusos”, comentou. Lei marcial na Coreia do Sul: Parlamento vota para derrubar decreto do presidente Ela acredita que os ânimos no país ainda não estão perto de se acalmarem e acha que muitos protestos ainda estão por vir. “Eu moro próximo a Gwangju, onde teve o massacre de Gwangju durante a ditadura militar coreana, imagino que amanhã haverá protestos por lá”, disse. Vídeos mais assistidos da Paraíba

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