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FBI faz buscas contra ex-inspetor da ONU e ex-conselheiro de Trump que têm laços com mídia russa

Postado em 21 de Agosto de 2024


Ações seguem alertas recentes de que o governo russo está tentando influenciar a eleição presidencial dos EUA, em novembro.

Os serviços de inteligência dos EUA afirmaram que a Rússia continua sendo a "principal ameaça" para as eleições dos EUA Jornal Nacional/ Reprodução O Departamento Federal de Investigação dos Estados Unidos (FBI, na sigla em inglês) realizou buscas nas casas de dois estadunidenses que têm laços com a mídia estatal russa.

A informação foi confirmada nesta quarta-feira (21), segundo a agência Reuters.

De acordo com o FBI, as buscas foram no começo deste mês nas residências de Scott Ritter, ex-inspetor de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) e crítico da política externa dos EUA, e de Dimitri Simes, conselheiro da primeira campanha presidencial de Donald Trump, em 2016. As ações seguem alertas recentes de que o governo russo está tentando influenciar a eleição presidencial dos EUA, em novembro.

Ritter mora em Dalmar, Nova York, e Simes tem residência na Virgínia.

Segundo a agência, ambos confirmaram as buscas em declarações à mídia e não foram encontrados para mais comentários.

O FBI informou nesta quarta que realizou "atividade de aplicação da lei autorizada pelo tribunal em determinados locais" quando questionado sobre os relatos da mídia sobre as buscas.

'Principal ameaça' Os serviços de inteligência dos EUA afirmaram que a Rússia continua sendo a "principal ameaça" para as eleições dos EUA e que Moscou está usando um arsenal complexo de ferramentas para apoiar um dos candidatos e semear divisões.

A Rússia descarta as acusações.

O New York Times relatou nesta quarta que o Departamento de Justiça dos EUA iniciou uma investigação criminal mais ampla sobre americanos que trabalharam com redes de televisão estatal russa.

O jornal citou oficiais dos EUA informados sobre a investigação.

O FBI não fez mais comentários sobre essa história.

Mais buscas são esperadas em breve e acusações criminais são possíveis, relatou o Times, citando os oficiais não identificados.

Os promotores ainda não anunciaram acusações contra Simes e Ritter.

Leia mais: Google diz que membros das campanhas de Biden e Trump foram alvos de hackers iranianos Os 7 Estados que podem decidir eleição nos EUA Emissora ABC anuncia debate entre Trump e Kamala Harris para 10 de setembro O que dizem os alvos do FBI Simes, que apresenta um programa semanal na emissora estatal russa Channel One, disse a outro meio de comunicação estatal, Sputnik, que sentiu que a busca do FBI foi "uma tentativa de me assustar, de me desacreditar e de prejudicar minha capacidade de viver nos Estados Unidos ou mesmo de visitar os Estados Unidos, e de prejudicar minhas finanças." Ritter, que foi condenado em 2011 por um júri em uma operação de sexo online com menores de idade, disse que a busca em sua casa estava relacionada a preocupações do governo dos EUA sobre alegadas violações da Lei de Registro de Agentes Estrangeiros.

A lei exige que os americanos divulguem atividades políticas em nome de governos estrangeiros.

Ele nega as violações e disse que sentiu que a busca foi retaliação por suas críticas à política externa dos EUA, incluindo com relação à Ucrânia.

Ele afirmou ter cooperado com a busca.

Ritter escreveu na mídia estatal Russia Today (RT) esta semana que tem sido "um colaborador externo da RT desde abril de 2020."

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