Márcio Nalon, de 45 anos, encontrou na arte uma forma de se expressar.
Quadros pintados por ele foram expostos no Brasil e no mundo.
Homem tetraplégico encontrou na arte uma forma de expressão Márcio Nalon, de 45 anos, sofreu um acidente que mudou a vida dele para sempre.
Ficou tetraplégico e, em cima da cama, olhando para o teto do quarto de casa, virou artista.
Um artista de Maringá, no norte do Paraná, que por meio das suas pinturas percorre o Brasil e o mundo há 26 anos com exposições. Tudo mudou na vida de Nalon no Natal de 1998. "Eu trabalhei de manhã no plantão, no dia de Natal, aí, infelizmente, à tarde eu sofri o acidente em que eu me tornei tetraplégico.
Logo que eu tive alta, eu ficava em casa olhando para o teto, até que veio a ideia de desenhar", conta. Siga o canal do g1 PR no WhatsApp Siga o canal do g1 PR no Telegram Nalon começou replicando desenhos de figurinhas em cartolina, mas ainda não tinha força nos movimentos, então começou a fazer os traços e pedir para um amigo passar giz de cera por cima. Um vizinho, percebendo o talento de Nalon, comentou que tinha uma madrinha que pintava telas e ofereceu ajuda.
Ele aceitou e, desde então, aderiu à arte. "A arte me salvou, né? De repente eu não tinha movimento nenhum, ficava parado.
Eu não queria ser como os outros.
Comecei no desenho e depois fui para a pintura", diz. O primeiro quadro que o artista pintou foi levado para a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância, na cidade de Sarandi.
Após isso, ele foi convidado para fazer aulas de pinturas.
E passou as técnica da pintura para outros admiradores da arte por 10 anos. Leia também: Crime: Polícia prende mulher suspeita de abusar sexualmente de motorista de aplicativo em Araucária VÍDEO: Câmeras registram momento em que mulher cai de ônibus em movimento em Maringá; passageira morreu Trânsito: Em três horas, PRF flagra mais de 500 veículos acima da velocidade em Maringá Hoje, Nalon conta com a ajuda da mãe para pegar os materiais e posicionar a tela.
As produções ajudam na renda da família e divulga os trabalhos pelas redes sociais.
"Hoje eu trabalho com isso.
Algumas são encomenda.
Eu vivo dela.
Me ajuda a pagar aluguel.
Como sou eu e minha mãe em casa, nem sempre sobra algum dinheiro.
É uma coisa meio cara, algumas pessoas me ajudam.
Hoje é uma renda", explica. Expressão de sentimentos Para o psicólogo Guilherme Franco, que atende o artista, é essencial que o ser humano expresse seus sentimentos e a fala não é a única forma de fazer isso. "Pessoas que guardam mais os sentimentos, tendem a encher o copo e transbordar.
É importante por um fluxo, e se movimentar.
A arte não é um dom, ela pode ser aprendida.
No movimento de aprender, é importante cognitivamente, mas principalmente como forma de expressão", afirma. Em mais de 25 anos como artista, as obras de Nalon foram para várias regiões do Brasil e ainda mais longe.
Já estiveram nos Estados Unidos e na Europa.
Ao todo, ele fez mais de 15 exposições. Em 25 anos como artista, obras do pintor já foram entregues em várias regiões do Brasil e do mundo. Reprodução/RPC VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.