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Após ficar tetraplégico, homem se dedica à pintura no Paraná: 'A arte me salvou'

Postado em 01 de Setembro de 2024


Márcio Nalon, de 45 anos, encontrou na arte uma forma de se expressar.

Quadros pintados por ele foram expostos no Brasil e no mundo.

Homem tetraplégico encontrou na arte uma forma de expressão Márcio Nalon, de 45 anos, sofreu um acidente que mudou a vida dele para sempre.

Ficou tetraplégico e, em cima da cama, olhando para o teto do quarto de casa, virou artista.

Um artista de Maringá, no norte do Paraná, que por meio das suas pinturas percorre o Brasil e o mundo há 26 anos com exposições. Tudo mudou na vida de Nalon no Natal de 1998. "Eu trabalhei de manhã no plantão, no dia de Natal, aí, infelizmente, à tarde eu sofri o acidente em que eu me tornei tetraplégico.

Logo que eu tive alta, eu ficava em casa olhando para o teto, até que veio a ideia de desenhar", conta. Siga o canal do g1 PR no WhatsApp Siga o canal do g1 PR no Telegram Nalon começou replicando desenhos de figurinhas em cartolina, mas ainda não tinha força nos movimentos, então começou a fazer os traços e pedir para um amigo passar giz de cera por cima. Um vizinho, percebendo o talento de Nalon, comentou que tinha uma madrinha que pintava telas e ofereceu ajuda.

Ele aceitou e, desde então, aderiu à arte. "A arte me salvou, né? De repente eu não tinha movimento nenhum, ficava parado.

Eu não queria ser como os outros.

Comecei no desenho e depois fui para a pintura", diz. O primeiro quadro que o artista pintou foi levado para a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância, na cidade de Sarandi.

Após isso, ele foi convidado para fazer aulas de pinturas.

E passou as técnica da pintura para outros admiradores da arte por 10 anos. Leia também: Crime: Polícia prende mulher suspeita de abusar sexualmente de motorista de aplicativo em Araucária VÍDEO: Câmeras registram momento em que mulher cai de ônibus em movimento em Maringá; passageira morreu Trânsito: Em três horas, PRF flagra mais de 500 veículos acima da velocidade em Maringá Hoje, Nalon conta com a ajuda da mãe para pegar os materiais e posicionar a tela.

As produções ajudam na renda da família e divulga os trabalhos pelas redes sociais.

"Hoje eu trabalho com isso.

Algumas são encomenda.

Eu vivo dela.

Me ajuda a pagar aluguel.

Como sou eu e minha mãe em casa, nem sempre sobra algum dinheiro.

É uma coisa meio cara, algumas pessoas me ajudam.

Hoje é uma renda", explica. Expressão de sentimentos Para o psicólogo Guilherme Franco, que atende o artista, é essencial que o ser humano expresse seus sentimentos e a fala não é a única forma de fazer isso. "Pessoas que guardam mais os sentimentos, tendem a encher o copo e transbordar.

É importante por um fluxo, e se movimentar.

A arte não é um dom, ela pode ser aprendida.

No movimento de aprender, é importante cognitivamente, mas principalmente como forma de expressão", afirma. Em mais de 25 anos como artista, as obras de Nalon foram para várias regiões do Brasil e ainda mais longe.

Já estiveram nos Estados Unidos e na Europa.

Ao todo, ele fez mais de 15 exposições. Em 25 anos como artista, obras do pintor já foram entregues em várias regiões do Brasil e do mundo. Reprodução/RPC VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.

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