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Superdoces, suculentas e crocantes: produtores europeus são atraídos pelo sabor e passam a cultivar maçãs de SC

Postado em 01 de Setembro de 2024


Já foram produzidos 200 hectares de pomares das variedades Luiza, Venice e Isadora na Itália.

Conforme a Epagri, empresas da região estão "empenhadas para fazer delas um case de sucesso mundial".

Maçãs da Epagri são produzidas e comercializadas na Europa Sambóa/ Divulgação Três variedades de maçãs desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) têm chamado a atenção no mercado europeu por serem superdoces, suculentas e crocantes, segundo o órgão.

Já foram produzidos 200 hectares de pomares na Itália, e a primeira safra comercial das variedades Luiza, Venice e Isadora foi colhida no verão/outono de 2023.

Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp Conforme a Epagri, as frutas chamaram a atenção de empresas da região europeia, que estão "empenhadas para fazer delas um case de sucesso mundial". As maçãs são identificadas no país com a marca Sambóa, registrada pelo grupo italiano Rivoira.

O diretor do projeto, o alemão Gerhard Dichgans, diz que primeira impressão dos consumidores e clientes "foi maravilhosa". "O impacto das frutas, do perfil gustativo, deixou nossos parceiros do mundo empolgados para acelerar os plantios”, conta. E no Brasil? No Brasil, a Luiza, a Venice e a Isadora ainda não “decolaram”, segundo a Epagri. Conforme o pesquisador Marcus Vinicius Kvitschal, responsável pelo Programa de Melhoramento Genético de Macieira do órgão, as variedades foram desenvolvidas para atender às necessidades dos produtores brasileiros, mas alguns fatores impedem a entrada delas no mercado nacional. “A barreira comercial imposta pelo mercado de maçã Gala e Fuji é tão grande que, mesmo portando diversas vantagens agronômicas e alta qualidade, as novas variedades híbridas não se consolidam no país e acabam não tendo plantios expressivos”. “O sucesso da Sambóa pode ser a força de convencimento que o setor produtivo precisa para inovar no Brasil.

Muitos consumidores buscam por algo diferente do tradicional”, defende o pesquisador. Diferenciais Segundo a Epagri, as macieiras desenvolvidas em Santa Catarina também chamaram a atenção dos europeus pelos seguintes atributos: qualidade das frutas; boa adaptação a climas mais quentes; característica de serem superdoces, suculentas e crocantes. O empresário Marco Rivoira, presidente do grupo Rivoira e especialista no segmento de maçãs superdoces, viu no sabor das frutas um importante fator de competitividade.

“Essas três variedades têm um sabor único: elas são superdoces, suculentas e crocantes.

Então, hoje, temos as três maçãs embaixo do guarda-chuva da marca Sambóa.

No nível do consumidor, elas não têm diferenciação.

E nós podemos oferecer a mesma linha de produtos nos 12 meses do ano”, explica.

Com períodos de colheita diferentes entre si (precoce, intermediário e tardio) as três variedades permitem, juntas, abastecer o mercado no país durante o ano todo. Epagri desenvolveu as variedades Luiza, Venice e Isadora Sambóa/ Divulgação Viagem até a Itália Por meio de um contrato de cooperação e licenciamento internacional com a francesa International Fruit Obtention (IFO), a Epagri envia seleções e cultivares desenvolvidos em Santa Catarina para a empresa testar na França.

Quando esses materiais despertam interesse dos europeus, eles avançam para a prospecção de parceiros comerciais, que é o que aconteceu com as variedades Luiza, Venice e Isadora. Para isso, o grupo Rivoira criou um "clube de variedade", que permite vender as frutas sob uma marca única. Segundo a Epagri, os clubes de variedades são muito comuns mundo afora.

"Nesse modelo, semelhante a uma franquia, as frutas são comercializadas sob regime controlado, em que o consumidor não conhece o nome da variedade, mas sim a marca que a identifica", explica o órgão. Expansão Segundo Dichgans, a expansão pelos outros continentes também começou, e parceiros já foram prospectados na Nova Zelândia, Chile, África do Sul, Austrália e Estados Unidos.

“No Chile, vimos as primeiras plantas Luiza que saíram da quarentena e foram plantadas, mostrando os primeiros frutos.

E vimos que a Luiza está dando os mesmos resultados maravilhosos que temos na Itália”, afirma Dichgans. A previsão é atingir 4 mil hectares com as três variedades nos próximos oito anos, área que vai garantir uma produção anual de quase 200 mil toneladas de maçãs. Plantas da variedade Luiza no Chile Sambóa/ Divulgação Clique e siga o canal do g1 SC no WhatsApp VÍDEOS: mais assistidos do g1 SC nos últimos 7 dias

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