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'Apocalipse das bananas': produtores no Paraná redobram atenção com ameaça de fungo

Postado em 01 de Setembro de 2024


Fusarium oxysporum afeta plantações de banana ao redor do mundo, mas até o momento não foi registrado em território brasileiro.

Produtores de banana redobram atenção com ameaça de fungo “Apocalipse das bananas”: é assim que a pandemia do fungo Fusarium oxysporum, causador do “Mal-do-Panamá”, está sendo chamado.

A doença que ataca bananeiras vem acendendo o alerta no mundo todo. O Fusarium Raça 4 já se espalhou pela Oceania, Ásia, Oriente Médio e foi identificado na Colômbia em 2019.

Doença não foi registrada no Brasil. Vários tipos de bananas, até mesmo a prata e a caturra, consideradas mais resistentes, correm o risco de desaparecer – assim como aconteceu com a banana Gros Michel, na década de 1950.

A banana-maçã, como era conhecida por gerações mais antigas, também já não existe mais.

Siga o canal do g1 PR no WhatsApp Siga o canal do g1 PR no Telegram No Paraná, produtores já estão acostumados com uma das variantes desse fungo.

De acordo com eles, o calcário é essencial para corrigir o ph da terra, além de muito cuidado com herbicidas e quando, ainda assim, o fungo toma conta, o jeito é eliminar a planta.

No entanto, a variedade conhecida como Raça 4 tem gerado preocupação entre os produtores, pois sua agressividade é maior. Elaine cultiva bananas em 93 hectares na área rural de Guaratuba, litoral que é o maior produtor da fruta no estado.

“Com a agressividade do Fusarium Raça 1, a maior parte dos cultivos de banana-prata em Minas Gerais já foram abandonados.", conta. LEIA TAMBÉM: Tragédia na BR-116: Engavetamento mata seis pessoas e um cachorro no Contorno Leste em São José dos Pinhais X-polenta: Sanduíche com massa frita no lugar do pão faz sucesso em lanchonete do Paraná Oportunidade: Concursos públicos no Paraná têm mais de 420 vagas; veja cargos com maiores salários Alguns tipos de banana podem desaparecer devido doença. RPC/Caminhos do Campo José Aridiano Lima de Deus, engenheiro agrônomo e extensionista do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR), explica que a principal problemática dessa variante é pelas bananas não serem resistentes a esse patógeno e também não tem existir nenhum controle químico que atue de forma eficiente no combate a ela. "Qualquer pessoa que viaje para um desses países e visite, por exemplo, áreas rurais pode ser um disseminador da doença.

Porque, por ser uma doença fúngica, o esporo desse fungo pode estar em algum material, inclusive, em resíduos de solo.”, afirma Lima de Deus.

Conforme ele explicou, se você sujar a sola do seu sapato com terra que contenha esse fungo e posteriormente visitar um local livre dele, é bem provável que você se torne um transmissor. Pesquisas Produtores também contam com investimento em pesquisa.

Até o momento, apenas o desenvolvimento genético de um novo tipo de banana é apontado como garantia de uma produção resistente ao fungo.

"Até você conseguir novas variedades com as características de interesse, demora muito tempo.

E, se tivermos a instalação desse fungo, com certeza teremos um impacto na produção muito maior, muito negativo, que não vai acompanhar nem o lançamento da variedade", explica Elaine.

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